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Nos últimos anos, a Cidade Maravilhosa não chamou a atenção apenas por seus célebres atrativos, que fazem dela a queridinha dos turistas. Em 2013, o Rio foi palco da Jornada Mundial da Juventude, que recebeu 3 milhões de peregrinos. Em 2014, foi a vez da final da Copa do Mundo – durante o torneio, a ocupação dos hotéis cariocas chegou a 97%. Além de ajudar o Brasil a se consagrar como anfitrião, a capital fluminense agora quer contrariar de vez os pessimistas, provando que pode organizar Jogos Olímpicos à altura de sua beleza. Os preparativos seguem a mil – o que infelizmente significa que alguns trechos viraram canteiros de obras (caso da zona portuária e de ruas da Zona Sul, como os arredores do metrô General Osório, em Ipanema). Mas se a cidade ainda não está perfeita para o maior evento esportivo do planeta, os banhos de sol na areia e as caminhadas no calçadão continuam valendo a visita.
UM DIA PERFEITO
Acorde cedo para caminhar na Lagoa Rodrigo de Freitas ou no calçadão de Ipanema. Para driblar o calor, dê um mergulho no Leblon e tome um chope num boteco, como o Jobi. O tempo é curto, então escolha um cartão-postal para visitar: o Cristo Redentor ou o Pão de Açúcar. depois, passeie sob as árvores do Jardim Botânico. O jantar (reserve com antecedência) pode ser no três-estrelas Roberta Sudbrack.
O GUIA RECOMENDA
Cinco dias - Com mais tempo, dá para conhecer praias afastadas da Zona Sul, como as vizinhas Prainha eGrumari, e passear em meio à natureza do Parque Nacional da Tijuca. Explore a região central, como os tradicionais bairros de Santa Teresa e Lapa, e prédios históricos como a Igreja de São Francisco da Penitência e o Theatro Municipal. Apreciadores de arte têm tempo para conferir boas exposições na Casa Daros e nos museus de Arte Moderna, de Arte do Rio e Nacional de Belas Artes. Reserve o fim de semana para clássicos programas cariocas: Escolas de Samba e Futebol. Participe de ensaios e feijoadas nas quadras e faça o tour no Estádio do Maracanã. Para as refeições, escolha entre os restaurantes estrelados da cidade, com destaque para os duas estrelas Fasano al Mare, Oro e Olympe (os dois últimos ficam um de frente para o outro).
COMO CHEGAR
Há dois aeroportos: o Santos Dumont, na região central, e o Internacional Antônio Carlos Jobim (ou Galeão), na Ilha do Governador, a 20 km do Centro. A partir do Galeão, a corrida de táxi até Copacabana custa, em média, R$ 65. Ônibus climatizados (conhecidos como “frescão”) ligam, a cada 30 minutos, o aeroporto ao Centro, à Zona Sul e à Barra da Tijuca por R$ 13,50. Os ônibus interestaduais chegam no Terminal Rodoviário Novo Rio, próximo à zona portuária e ao Centro. De carro, as principais vias de acesso são a BR-101 (para quem chega do Nordeste), a BR-040 (de Belo Horizonte) e a BR-116 (Via Dutra), para quem vem de São Paulo.
COMO CIRCULAR
A Avenida Brasil e a Linha Vermelha são parte do trajeto de quem chega pela BR-116 (Via Dutra) ou pela BR-040 em direção ao Centro ou à Zona Sul. Ambas têm conexão com a Linha Amarela, via expressa para a Barra. Na rota para a Lagoa Rodrigo de Freitas e para as praias, o Túnel Rebouças é alternativa. Na hora do rush, as avenidas Niemeyer, Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica têm sentido único: em direção ao Centro (pela manhã) e no sentido contrário (no fim da tarde). Aos domingos e feriados, muitas faixas à beira-mar são interditadas para lazer. Quem está na Zona Sul encontra ônibus de linha (R$ 3) para as principais atrações. O metrô (R$ 3,50) liga a região central a bairros como Flamengo, Botafogo, Copacabana e Ipanema.
PROGRAME-SE
O Rio fica cheio de turistas o ano todo, mas Carnaval e Réveillon fazem a cidade atingir a lotação máxima. As diárias sobem loucamente, então reservar meses antes melhora um pouco o preço e garante lugar no hotel.
HOTÉIS
É muita gente para pouco hotel: em 2013, a taxa de ocupação no Rio chegou a 72%, segundo a ABIH local, e, por isso, as diárias vão às alturas (a diária média é de R$ 500). Para driblar os altos preços, aposte em hostels e guesthouses. Quase todo mundo quer ficar na Zona Sul, entre Leblon e Copacabana, mas como a área carece de espaço, boa parte dos novos empreendimentos abrem as portas na Barra da Tijuca (Zona Oeste), que se firma como polo de negócios e eventos, e ganhará novos acessos – previstos para os Jogos Olimpícos de 2016.
ONDE COMER
O Rio vem renovando sua cena gastronômica. Ao todo, 15 restaurantes estreiam nesta edição, quatro deles com uma estrela: o argentino Corrientes 348; o contemporâneo Lasai, que recebe ainda o prêmio Novidade do Ano; e os japoneses Seidô e Shin Miura RB1, ambos do chef Nao Hara. Fora do time de estrelados, outra novidade é o badaladíssimo Rubaiyat Rio, bem em frente ao Jardim Botânico.
BARES
Botequins são instituições cariocas. À primeira vista, não espere muito mais do que um balcão, cadeiras de plástico ou de ferro e banheiros mais ou menos limpos. Mas poucos programas são mais queridos na cidade. Grupos de amigos, em pé ou sentados, bebem cerveja gelada e petiscam delícias como as pataniscas de bacalhau do Pavão Azul e o bolinho de feijoada do Aconchego Carioca. Os endereços mais antigos ficam na região central e hoje têm aura de ponto turístico – dá para conhecer alguns deles em tours dedicados à botecagem (Rios de Histórias, 99715-8502). Ipanema e Leblon reúnem bares arrumadinhos, como Delirium Café, Pipo e Stuzzi.
COMIDA TÍPICA
Feijoada -- O saboroso caldo de feijão-preto, carne-seca, paio, linguiça, lombo, costela, pé, orelha e rabo de porco (acompanhado de arroz, laranja, torresmo e couve) é o prato mais famoso do Brasil. Já foi tema de música de Chico Buarque, ganhou dias da semana em sua homenagem (quarta, sexta e sábado) e, a todo tempo, é objeto de releituras – que o digam as versões light ou vegetariana que pipocam por aí. Mas polêmicas rondam a receita. Não há, por exemplo, quem especifique sua origem: alguns dizem que foi criada pelos escravos; outros afirmam, com mais certeza, que é derivada dos cozidos europeus (e as semelhanças com o francês cassoulet, cozido de carnes e feijão-branco, reforçam essa tese).
Onde comer: Quadra da Portela (todo primeiro sábado do mês) e quadra do Salgueiro (todo segundo domingo do mês).
Filé à Oswaldo Aranha e Sopa Leão Veloso -- Nos anos 30, políticos emprestavam seus nomes para receitas. Oswaldo Aranha, então ministro da Fazenda, era habitué do "Senadinho", como era conhecido o bar e restaurante Cosmopolita (pela frequência de figurões da república). Aranha sempre pedia o mesmo prato: bife alto coberto com alho frito e servido com arroz, farofa e batata portuguesa. A receita ganhou seu nome e se tornou um clássico da cidade. O mesmo aconteceu com outro restaurante do Centro, o Rio Minho. Cliente da casa, o embaixador Leão Veloso introduziu a receita da bouillabaisse, ensopado típico de Marselha. A versão carioca atende por sopa leão veloso, um caldo feito com cabeça de cherne e suco da cabeça do camarão, cozido com peixe e frutos do mar.
Onde comer: O filé é servido no Cosmopolita, no Filé de Ouro e no Lamas. A sopa Leão Veloso é preparada no Rio Minho e nas duas casas Adegão Português (São Cristóvão) e Adegão Português (Barra da Tijuca).
NOITE
Quando cai a noite, bares de Ipanema e Leblon começam a ficar lotados. Depois, o destino pode ser a Lagoa, onde está o Miroir Club (Av. Epitácio Pessoa, 1484; telefone (21) 2513-3898); o Jockey Club, endereço doPalaphita (Av. Bartolomeu Mitre, 1314; telefone 21) 3114-0853); ou a Barra da Tijuca, com a Nuth (Av. Armando Lombardi, 999; telefone (21) 3575-6850) – todos com música eletrônica. Em Botafogo, o público alternativo curte os bares-balada Bukowski (R. Álvaro Ramos, 270; telefone (21) 2244-7303) e Comuna (R. Sorocaba, 585; telefone (21) 2225-0362), que tocam rock. Na Lapa, junto aos Arcos, estão duas casas de show com programação variada: o Circo Voador (R. dos Arcos, s/n; telefone (21) 2533-0354) e a Fundição Progresso (R. dos Arcos, 24; telefone (21) 3212-0800); ali perto fica o descolado Barzinho (R. do Lavradio, 170; 2221-4709). Quem gosta de samba também pode ir à região central.
SÓ TEM AQUI
Todo dia é dia de samba. Na segunda, vá à Pedra do Sal, no Centro (Lg. João da Baiana). Depois, siga à Lapa: terça no Beco do Rato (telefone (21) 2508-5600), quarta no Clube dos Democráticos (telefone (21) 2252-1324) e, de quinta em diante, no Carioca da Gema (telefone (21) 2221-0043). Em Olaria, tem Cacique de Ramos (telefone (21) 99136-2247) no domingo.
É TUDO VERDADE
Os bondes de Santa Teresa já foram o principal meio de transporte ao sinuoso bairro. Após o acidente de 2011, as obras de recolocação dos trilhos (previstas para terminar em julho de 2015) têm fechado ruas ao acesso de carros e até de pedestres. Informe-se antes de reservar hotel aqui.
Não só de morros e vistas panorâmicas se completa um álbum de fotos do Rio. Há muitos pequenos detalhes na natureza dignos de um clique: quem se interessa por botânica ou apenas aprecia belas flores consegue registrar exemplares raros no Jardim Botânico e no Sítio Roberto Burle Marx.
História e Curiosidades
Em 1912, a inauguração de um caminho aéreo no Rio de Janeiro incluía no mapa turístico do Brasil empreendimento que se tornaria mundialmente famoso BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR. Hoje, a visão dos bondinhos, no seu constante vaivém, está incorporada à paisagem carioca.
Construído, operado e mantido pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, o complexo turístico Pão de Açúcar foi criado para o divertimento de milhares de pessoas num local privilegiado pela beleza panorâmica.
Marca registrada da cidade do Rio de Janeiro, o morro do Pão de Açúcar é uma montanha despida de vegetação em sua quase totalidade. É um bloco único de uma rocha proveniente do granito, que sofreu alteração por pressão e temperatura e possui idade superior a 600 milhões de anos.
O Pão de Açúcar é circundado por uma vegetação característica do clima tropical, especificamente um resquício de Mata Atlântica com espécies nativas que em outros pontos da vegetação litorânea brasileira já foram extintas.
Como todo monumento antigo, o Pão de Açúcar também tem suas histórias lendárias. Uma figura com 200 metros de extensão, que se pode observar na montanha do Pão de Açúcar , é a silhueta de um ancião chamado Guardião da […]
O Pão de Açúcar, por sua forma de ogiva, pela localização privilegiada, pela presença na história da cidade, pelo original acesso ao seu cume, é um marco natural, histórico e turístico da cidade do Rio de Janeiro. Marco natural, porque […]
Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão de Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após […]
As atuais linhas foram dotadas de dispositivo de segurança modernos, com sensores em diversos pontos da instalação. Diariamente pela manhã, antes de receber os primeiros passageiros, os bondinhos saem numa viagem de vistoria para testar se tudo está em ordem. […]
No Pão de Açúcar atualmente funcionam dois sistemas teleféricos independentes, classificados como de grande porte, com dois bondinhos em cada linha, circulando em vai-e-vem (jig-back). O novo sistema, instalado em 1972, aumentou a capacidade de transporte do teleférico de 115 […]
A mesma operação foi utilizada para o lançamento dos cabos e colocação do bondinho no segundo trecho, entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar, numa extensão de 750 metros e 396 metros de altura, que entrou em […]
Augusto Ferreira Ramos, engenheiro brasileiro, nascido em 22 de agosto de 1860, participava como Coordenador Geral da Exposição Nacional de 1908, realizada na Praia Vermelha, em comemoração ao centenário da abertura dos portos brasileiros às nações amigas, quando teve a […]
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Antecedentes e produção
A canção "Aquarela do Brasil" recebeu esse título porque foi composta numa noite de 1939 na qual Barroso foi impedido de sair de casa devido a uma forte tempestade. Naquela mesma noite, também compôs "Três Lágrimas" antes que a chuva acabasse.
Antes de ser gravada, "Aquarela do Brasil", inicialmente chamada de "Aquarela Brasileira", foi apresentada pelo barítono Cândido Botelho no musical Joujoux e balangandans, espetáculo beneficente patrocinado por Darcy Vargas, a então primeira-dama. A canção foi originalmente gravada por Francisco Alves, com arranjos e acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra, e lançada pela Odeon Records naquele mesmo ano. Foi também gravada por Aracy Cortes e, apesar da popularidade da cantora, a canção não fez sucesso, talvez por não ter se adequado bem à voz dela.
Popularidade
O sucesso de "Aquarela do Brasil" demorou a se perpetuar. Em 1940, não conseguiu ficar entre as três primeiras colocadas no concurso de sambas carnavalescos, cujo júri era presidido por Heitor Villa-Lobos, com quem Barroso cortou relações, que só foram retomadas quinze anos depois, quando ambos receberam a Comenda Nacional do Mérito. O sucesso só veio após a inclusão no filme de animação Saludos Amigos, lançado em 1942 pelos Estúdios Disney. Foi a partir de então que a canção ganhou reconhecimento não só nacional como internacional, tendo se tornado a primeira canção brasileira com mais de um milhão de execuções nas rádios estadunidenses.
Devido à enorme popularidade conquistada nos Estados Unidos, a canção recebeu uma letra em inglês do compositor Bob Russell, escrita para Frank Sinatra em1957. Desde então, já foi interpretada por cantores de praticamente todas as partes do mundo.
Durante a ditadura militar, Elis Regina interpretou aquela que talvez seja a versão mais sombria da canção, acompanhada por um coral que reproduzia os cantos dos povos indígenas do Brasil.
Críticas
A canção, por exaltar as qualidades e a grandiosidade do país, marcou o início do movimento que ficaria conhecido como samba-exaltação. Este movimento, por ser de natureza extremamente ufanista, era visto por vários como sendo favorável à ditadura de Getúlio Vargas, o que gerou críticas à Barroso e à sua obra. No entanto, a família do compositor nega que ele algum dia tenha sido favorável à política de Vargas, destacando o fato de que ele também escreveu "Salada Mista" (gravada em outubro de 1938 por Carmen Miranda), uma canção contrária ao nazi-fascismo do qual Vargas era simpatizante. Vale notar também que antes de seu lançamento, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) vetou o verso "terra do samba e do pandeiro", por entender que era "depreciativo" para o Brasil. Barroso teve de ir ao DIP para convencer os censores da preservação do verso.
Outra crítica feita à obra de Barroso, na época, foi que usava termos pouco usuais no cotidiano, tais como "inzoneiro", "merencória" e "trigueiro", e que abusava daredundância nos versos "meu Brasil brasileiro" e "esse coqueiro que dá coco". O autor se defendeu, dizendo que estas expressões são efeitos poéticos indissolúveis da composição. Na gravação original,Francisco Alves canta "mulato risoneiro" no lugar de "inzoneiro" por não ter compreendido a caligrafia ilegível de Barroso.